CARABILHA
Por aqui, de Sendim ao Porto.
Navegar
Queria navegar em navios verdes,
Por águas azuis.
Fundas, claras!
Quero navegar.
Pelos sonhos, por todos os sonhos,
Da minha lembrança.
No meu esquecimento,
Rodam em minha cabeça
Imagens feitas memórias.
E recordá-las!
E tê-las em mim!
E ter a força de uma mó.
Um moinho,
Onde tudo se transforma
Onde tudo se esmaga,
Para de novo renascer!
Quero navegar em navios Verdes.
E no meu esquecimento,
Esconder um toque
Um beijo, um olhar!
Jorge Xavier
Os coelhos
Navego num barco azul
Navego
Navego num barco azul
Por cima de montanhas
azuis
Por dentro dos sonhos,
De todos os sonhos
Que guardo na minha
cabeça!
Desde a infância,
Numa aldeia completa,
Onde Raros seres
Viviam para lá das suas
próprias vidas,
Sonhavam com o regresso
do amor.
Longe,
Seus filhos, pensavam em
suas casas
Sonhavam por dentro dos
sonhos de seus pais.
Uma aldeia, onde
lareiras acesas
Mantinham as almas
quentes,
Ansiavam o dia de
regresso,
Onde o amor abraça o
próprio amor!
Por cima da lareira,
Coisas inertes, maduras,
Alimentavam os corpos!
Na mesa, ao canto,
Uma carta.
Os pais sonhavam o amor.
Os filhos sonham por
dentro do amor
Os sonhos de seus pais.
JoXavi
A Rola
A Rola
Deixa voar a rola
Por arribas matizadas
Zimbros olham o Douro
Altas fragas encantadas
Por arribas matizadas
Zimbros olham o Douro
Altas fragas encantadas
Deixa voar a rola
Bem cedo de madrugada
Voa por cima das fragas
Bem cedo de madrugada
Voa por cima das fragas
Bate as asas apressada.
Deixa voar a rola
Nas tardes quentes de estio
Fica quieta em fresca sombra
Canta a rola ao desafio.
Deixa voar a rola
De ribeira a ribeiro
Canta a rola o dia inteiro.
JoXavi.
Até ao farol
Até ao farol
-Sopram ventos do norte…
Já ao farol não vou!
-Segura minha mão
Caminhamos lado a lado
O mau tempo já passou.
-O vento aqui é forte…
Já ao farol não vou!
-Os ventos que sosseguem
Nesta tarde soalheira
O mau tempo já passou.
-Até ao fim, serei forte…
Já ao farol eu vou!
-Tua mão na minha mão
Até ao fim do caminho
JoXavi
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