A TRILHA
O dia começa cedo. Verifica-se se tudo está pronto para dar inicio
à trilha. A correia que liga o trator à
“trilhadeira”… Tende atençon cula
correia, nun passeis por baixo, qu'inda podeis quedar cula cabeça rapada!
“Os da palha” colocam lenços á volta da cara, tapam a boca e o
nariz, de modo a não respirar o pó fino que deriva da trilha do cereal . pó tão
fino que se entranhava mesmo assim, na boca e nos pulmões.
Trabalho mais difícil, é atirar os “manolhos” do bornal para a
“boca” da trilhadeira. Ali, um homem sacode com habilidade o manolho para que a
máquina funcione o melhor possível. De um lado, envoltos em nuvem espessa de
pó, sai a palha, que é arrumada por homens, mulheres e até crianças.
À frente da trilhadeira , em
pequenas bocas de saída, prendem-se os sacos que recolhem o trigo e ou centeio, já praticamente limpo e
pronto a seguir para as tulhas, não sem
antes ser pesado e pagar (com trigo) ao dono da
trilhadeira a respetiva maquia.
O calor era abrasador e neste tempo ainda havia um sentimento
generalizado que parece estar cada vez mais longe dos dia de hoje onde impera o
mundo das finanças. SOLIDARIEDADE. Solidariedade
e partilha e amizade e confiança e verdadeira amizade entre as pessoas.
Depois do trabalho, merendava-se e apesar do cansaço, a
felicidade, reinava.
As duas fotos que se seguem documentam bem o que tentei transmitir
com estas pobres e resumidas palavras.
A primeira foto foi tirada
da net. e sei que pertence a alguém de Sendim. Desde já, agradeço a dupla compreensão
do autor pela utilização da fotografia e pelo abuso de a ter modificado.
Na segunda foto, estão
pessoas que já nos deixaram (umas muito queridas e outras muito amigas) e
outras ainda andam por aqui. Não vou mencionar os nomes, mas sei que quem for
de Sendim, irá com certeza identificar algumas destas pessoas.
b
Subscrever:
Mensagens (Atom)