Minhas mãos já não podem
Segurar esta corda
Que prende a cabeçada!
Minhas mãos são memórias.
Falam de tantas histórias!
Vidas vividas, sonhadas,
Horizontes tão distantes,
Que minhas mãos errantes,
Quiseram um dia alcançar.
Ai, como se cansaram! …
Cresceram hortas e árvores,
Arrancaram ervas daninhas.
Com elas fui ceifeira,
No estio de maduras searas.
Embalaram choros e risos,
De incertos futuros, imprecisos.
Estão cansadas, estas mãos,
Que apertam a vara da vida!
Onde me sento à tardinha,
Na pedra junto á porta,
Estão sobre meus joelhos.
Volto-as, abro-as, olho.
Meu Deus! Como estão cheias!
Tão cheias de memórias antigas!
Nada mais cabe nestas mãos.
Esboço um som de sorrisos
E uma lágrima, apenas uma…
Teimou sair de meus olhos.
Embalo-as agora, em meu regaço.
JoXavi
Magnífico poema.Traduz, na perfeição, os trabalhos de uma vida.Parabéns!
ResponderEliminarOlá Boa noite!
ResponderEliminarQue belas mãos...tão cheias de histórias de vida... Belo poema!
Um abraço.
Muito bem Jorge
ResponderEliminarAbraço
Amadeu
magnifico poema adorei ,é tudo isso e muito mais que os nossos velhinhos passaram...
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